Um estudo apresentado pela Sociedade Torácica Americana associa o índice de massa corporal (IMC, medida que indica a obesidade) com a duração e a qualidade do sono.
Medindo, com um aparelho chamado actigrafia, o padrão de sono – atividade, temperatura e posição do corpo – de 14 enfermeiras, os investigadores descobriram que aquelas que dormiam menos ou pior apresentavam, em média, um IMC de 28,3 kg/m² - indicando, assim, excesso de peso. Por outro lado, aquelas que dormiam mais tinham um IMC de 24,5 kg/m² - indicando peso normal.
Surpreendentemente, os participantes com sobrepeso pareciam mais activos do que aqueles com peso normal, caminhando, em média, 25% a mais e gastando mais calorias a mais por dia. Isso indica que os gastos de energia a mais não foram necessariamente traduzidos em perda de peso.
Os autores do estudo destacam que a pesquisa descobriu interessantes relações, abrindo diversas possibilidades para investigações futuras. «Primariamente, queremos saber por que o sono e o peso parecem estar conectados», ressaltaram os investigadores. Acreditam que essa relação entre sono e peso pode estar no desequilíbrio hormonal causado pela deficiência de sono. Citam, por exemplo, a redução da quantidade de leptina, que é conhecido como hormona da saciedade, o que faria com que aqueles que dormem pouco comessem mais. Outra explicação poderia ser o stress, que poderia ser um factor comum, reduzindo a duração do sono e aumentando o consumo de alimentos.
Os investigadores pretendem, inclusivé, estudar a influência do stress no sono e no metabolismo. »Maior stresse pode erodir o sono», referem os autores.
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