sábado, 23 de maio de 2009

Estudos sugerem que corrida previne problemas de visão


Correr pode reduzir o risco de desenvolver cataratas e degeneração macular relacionada com a idade (DMRI), dizem estudos da Universidade de Berkeley (EUA).
Os maiores ganhos foram verificados em atletas, mas mesmo pessoas que correm distâncias menores foram beneficiadas.
Um dos trabalhos analisou informações de mais de 40 mil corredores durante sete anos e verificou que os homens que correram cerca de 64 km semanais tiveram 35% menos hipótese de ter cataratas do que aqueles que corriam menos de 16 km por semana.
Os investigadores compararam ainda os dados dos homens com melhor condição cárdio-respiratória aos dos menos preparados e viram que os atletas mais velozes apresentaram menos queixas da doença.
A corrida também foi benéfica em distâncias menores. Outro estudo realizado na mesma universidade analisou 152 homens e mulheres e constatou que aqueles que correram entre 2 km e 3,8 km por dia estavam 19% menos susceptíveis a ter degeneração macular do que os que se exercitaram menos de 2 km diários. Para o investigador em oftalmologia desportiva Marinho Scarpi, os resultados sugerem que a corrida pode ajudar na prevenção das cataratas e da degeneração macular (DMRI) por evitar problemas como hipertensão, diabetes e obesidade, que são factores de risco para as duas doenças. Estudos anteriores já apontavam que outras actividades físicas podem reduzir tais factores, mas exercícios vigorosos como a corrida mostraram-se mais eficazes. «Com excepção da exposição à luz solar, os atletas, em geral, cuidam mais de si mesmos e de sua alimentação». Segundo ele, a prática também ajuda no controlo do metabolismo do açúcar e reduz o consumo de cigarro e álcool entre seus praticantes, factores de protecção já conhecidos. O ponto alto dos estudos de Berkeley, avalia Scarpi, é a indicação de que mesmo quem não alcança tão longas distâncias pode ser beneficiado. «Não é necessário correr 10 km por dia para reduzir os riscos».
Outro estudo, feito em 2006 na Universidade de Medicina de Kaunas, na Lituânia, testou 210 pacientes com cerca de 60 anos internados para cirurgias de cataratas e verificou que o aumento da opacidade das lentes oculares foi maior em pessoas sedentárias. Os pesquisadores creditam o resultado, entre outros factores, à acumulação de radicais livres, presentes em maior concentração no organismo de quem não pratica actividades físicas.

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