Mas que música?

Em resposta à dúvida colocada, podemos esclarecer que na verdade, nem todas as músicas têm o poder de reduzir a pressão arterial. As músicas que nos deixam mais apreensivos (que não são necessariamente as mais "agitadas") geram ansiedade e o consequente estreitamento das paredes das artérias.

Alguns cientistas da Universidade de Maryland, em Baltimore, já estudaram o efeito da música sobre a dilatação das artérias. O trabalho teve em conta o impacto da música sobre o endotélio (revestimento das artérias que faz parte da regulação do diâmetro dos vasos) para determinar o efeito das emoções positivas sobre as artérias. Uma dezena de participantes saudáveis e não fumadores, com uma média de idade de 36 anos, puderam seleccionar 30 minutos de música que gostavam e música que os deixavam mais apreensivos. Um teste mediu a dilatação da artéria braquial por meio de ultra-som em repouso após 30 minutos de estímulos - músicas relaxantes apreciadas e músicas não apreciadas mais agitadas - verificando-se que as artérias se dilatavam com as músicas "agradáveis" (aquelas cujo indivíduo seleccionado gostava). Por outro lado, as músicas não apreciadas pelo indivíduo em questão geravam ansiedade e o estreitamento das paredes das artérias.

Não há um género ou tema musical que stresse mais os doentes. Verifica-se uma diminuição da pressão arterial quando os doentes ouvem músicas que gostam (independentemente do seu género - Rock, Jazz, Pop, Música Clássica, etc.), sendo esta agravada quando ouvem músicas que os deixam apreensivos (também não relacionado com o género musical). Assim, podemos concluir que se verifica uma redução do stresse quando os doentes ouvem músicas que gostam e um aumento deste quando estão expostos a músicas que não gostam. É algo totalmente dependente dos gostos musicais de cada um, de forma nenhuma correlacionado com os géneros musicais.