domingo, 31 de maio de 2009

Corrida Vencer o Cancro" em busca de apoios


O objectivo da prova é angariar dinheiro para a União Humanitária de Doentes com Cancro. Se tudo correr bem, o Parque das Nações, em Lisboa, vai acolher no dia 27 de Junho a 1ª edição da Corrida Vencer o Cancro, promovida pela União Humanitária dos Doentes com Cancro, em parceria com a Sports High Performance. O objectivo é «mobilizar todo o país contra o cancro, unindo todos os portugueses e entidades (oficiais e empresas públicas e privadas), para que, de alguma forma, todos adiram a esta nobre causa, quer através da participação na corrida, quer através da sua divulgação ou da oferta de apoios».

Presentemente, a entidade procura todos os apoios necessários à organização deste evento. Inserida no âmbito das comemorações do 10º aniversário da União, a Corrida Vencer o Cancro é uma prova de solidariedade, não competitiva, de âmbito nacional. Está aberta a toda a população: doentes com cancro e seus familiares, sobreviventes da doença e pessoas saudáveis que, através da sua participação, simbolicamente, expressam assim publicamente a sua solidariedade a todos os doentes com cancro e exortam a comunidade científica a prosseguir a investigação contra o cancro.
O lema do evento é "Quanto mais olharmos o cancro de frente, mais ele se afasta de nós", e sintetiza a extrema importância da população ter uma postura activa face à doença, como forma de diminuir os índices de mortalidade do cancro.
O montante angariado pela corrida será aplicado na prossecução de todas as actividades da União para 2009 - das quais se destacam por terem sido pioneiras no nosso país no apoio a doentes com cancro: o Apoio Médico, a Linha Contra o Cancro e o Núcleo de Apoio ao Doente Oncológico - beneficiando assim milhares de doentes com cancro mais carenciados. Face aos seus escassos meios, a União apela à solidariedade de todos os cidadãos que não tenham oportunidade de participar na corrida, para que contribuam com o seu donativo, através do seu envio para a conta da União com o NIB: 003602169910009142240.
Para quaisquer dúvidas, recomenda-se o contact com a associação através do 969671779 ou do endereço vencercancro@gmail.com.
A União Humanitária dos Doentes com Cancro é uma Associação Humanitária, de Solidariedade Social e de Beneficência, sem fins lucrativos, que tem como primeiro objectivo apoiar os doentes com cancro e seus familiares.
A sua acção pode ser consultada em http://www.doentescomcancro.org/.

Doenças cardiovasculares matam menos mas incapacitam mais


As doenças cardiovasculares estão a matar menos em Portugal, mas a incapacitar mais pessoas, o que representa custos muito elevados para o Estado, alerta a Fundação Portuguesa de Cardiologia, a propósito do final de Maio, 'Mês do Coração'
Apesar de ter vindo a diminuir o número de óbitos, as doenças cardiovasculares, que atingem meio milhão de portugueses, ainda são a primeira causa de morte, doença, incapacidade e custos em saúde em Portugal, segundo a Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC).
Estas doenças matam todos os dias mais de 100 portugueses, o que representa cerca de 35% da mortalidade total anual, sendo as principais causas os acidentes vasculares cerebrais (AVC ou trombose) e o enfarte do miocárdio (ataque cardíaco).
Em declarações à agência Lusa, o coordenador nacional para as doenças cardiovasculares, Rui Cruz Ferreira, afirmou que a mortalidade intra hospitalar tem vindo a diminuir na maior parte destas doenças, o que se deve à «vertente curativa» que tem apresentado «progressos muito significativos». Por outro lado, acrescentou, «há medidas preventivas que também contribuem seguramente para a redução da mortalidade, nomeadamente algumas terapêuticas que têm sido introduzidas nos últimos anos, como [as que têm como objectivo] baixar o colesterol, que são altamente eficazes».
No entanto, a Fundação Portuguesa de Cardiologia alerta para o facto de haver cada vez mais pessoas incapacitadas como consequência destas doenças. «A mortalidade está a diminuir, o quer dizer que o Serviço Nacional de Saúde está a responder bem, que as terapêuticas estão a ser excelentes, mas não significa que as pessoas não estejam a sofrer», disse à Lusa o médico Luís Negrão, da FPC. Estes doentes têm custos elevados para o Estado na vertente assistencial, mas também na comparticipação dos medicamentos, que muitas vezes não dão resultado por falta de colaboração do doente.
Luís Negrão deu como exemplo os hipertensos: «Cerca de 40% da população é hipertensa, mas destes só 11% é que tem a tensão arterial controlada».
A 'chave' para minimizar este problema é a prevenção, que passa, em primeiro lugar, pela consciencialização da pessoa para o facto de que tem um problema de saúde, frisou. A redução do sal na alimentação é uma das medidas defendidas por vários especialistas para combater o problema da hipertensão arterial. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o consumo diário de sal seja de seis gramas para um adulto, mas em Portugal consome-se, em média, o dobro. A este propósito, o coordenador para as doenças cardiovasculares salientou a importância do projecto de lei aprovado em Março que estabelece que um teor máximo de sal no pão: 1,4 gramas de sal por 100 gramas de pão. Para Rui Cruz Ferreira, esta medida vai ter um «impacto fortíssimo», mas deve ser acompanhada por outras de apoio e esclarecimento da população alvo. Luís Negrão defendeu, por seu turno, que a redução do sal no pão não devia ser tão drástica porque corre-se o risco das pessoas deixarem de procurar este produto, por o acharem doce, e as panificações não cumprirem a legislação, «até porque a ASAE [Autoridade de Segurança Alimentar e Económica] não vai poder estar em todas as padarias a fiscalizar o pão».
Há três anos que o Museu do Pão fabrica o 'Pão São', com teor de sal reduzido e que é distribuído a nível nacional, atingido uma produção de 1,5 milhões por ano. Com o 'Pão São' ficou provado que «é possível fabricar-se pão com teor de sal reduzido sem que o sabor se venha a perder», disse à Lusa o Presidente da Fundação do Museu do Pão, António Quaresma, adiantando que a procura deste alimento tem vindo a crescer de ano para ano.

31 de Maio - Dia Mundial Sem Tabaco


SÊ REBELDE, NÃO FUMES!

Dia Mundial Sem Tabaco - Organizações anti-tabágicas pedem imagens chocantes nos pacotes de cigarros


A Organização Mundial de Saúde (OMS) escolheu para hoje, Dia Mundial Sem Tabaco, o tema das advertências nos pacotes de cigarros, ideia também defendida por associações portuguesas, que querem imagens chocantes nos maços para ajudar os fumadores a deixar o vício

Em Portugal, a legislação não contempla a utilização de imagens chocantes nos maços de cigarros, mas esta ideia é defendida pela Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo (COPPT), organização que reúne várias associações ligadas à saúde, educação e do ambiente, que têm em comum o interesse pela prevenção do tabagismo.
Luís Rebelo, presidente desta associação, defendeu a campanha da OMS «Mostrar a verdade. Imagens de aviso, salvam vidas», à semelhança do que já acontece em países como o Brasil e o Canadá. Contra o marketing de caixas de tabaco «glamourosas» propõe maços de tabaco ilustrados por imagens chocantes dos malefícios do tabaco acreditando que os fumadores terão mais vergonha em mostrar publicamente o seu vício.
A Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) alerta, por seu lado, que Portugal está a falhar no controlo e prevenção do tabagismo. A SPP considera que, em Portugal, «o tabaco ainda é muito barato; a fiscalização não é feita nos espaços públicos fechados, nem nas escolas; os tratamentos não são comparticipados e nem sequer é possível a sua prescrição na maioria das farmácias hospitalares».
Sofia Ravara, médica da SPP, defende que o tabaco deveria ser mais caro, que deveria haver mais acções de fiscalização e campanhas de sensibilização, assim como o acesso universal a consultas de cessação tabágica e linhas telefónicas de apoio.

Dia Mundial Sem Tabaco - Vício do cigarro aumenta nas mulheres mais jovens


É mais difícil para as mulheres deixar de fumar. Mas são elas o alvo da prevenção. São quem promove a saúde em casa

Contribuir para que uma mulher deixe de fumar é fazer com que toda a família seja saudável. «As mulheres são as promotoras da saúde em casa e as protectoras da saúde dos filhos», afirma José Calheiros, especialista em medicina interna e presidente da Sociedade Portuguesa de Tabacologia (SPT).
Em Portugal, 24,3% da população feminina é fumadora activa ou ocasional. Apesar de o comportamento afectar 38,5% dos homens, é nas mulheres mais jovens que está a aumentar – entre os 25 e os 45 anos há 20% de fumadoras (dados da Organização Mundial de Saúde).
«É muito importante chegar a elas. Porque a sua biologia determina que a cessação tabágica seja mais difícil e porque há problemas de saúde associados ao tabaco que só afectam as mulheres» , salienta José Calheiros.
Um destes problemas é o tabagismo durante a gravidez, prejudicial para o bebé. Por esta razão, no Dia Mundial Sem Tabaco – comemorado hoje, 31 de Maio – arranca uma campanha sobre os malefícios do tabaco e a exposição ao fumo passivo, com a mensagem ‘Não Fume na Presença das Crianças e Grávidas’.
O risco de cancro da mama é outro dos problemas que deverá levar as mulheres a acabarem com o vício. Um estudo recente realizado no Canadá mostra que há «uma relação clara entre esta doença e o tabaco», revela o especialista. O professor de Medicina Preventiva da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior acrescenta que, dos 40% dos cancros que poderão ser prevenidos, «21% têm como cauda fundamental o tabaco e só 5% o álcool».

A maioria não fuma
Em casa, estimular a auto-confiança dos adolescentes é uma forma de prevenir o tabaco: «Se se conseguir passar a mensagem de que não temos de ser todos iguais e de que a maioria das pessoas não fuma, está a contribuir-se para a saúde».
Na falta de prevenção, a aposta deverá ser na formação dos responsáveis pelas consultas de cessação tabágica, que «têm de encarar o tabagismo de forma integrada». O presidente da SPT sugere que haja uma coordenação entre especialistas, desde o nutricionista (que poderá evitar possíveis aumentos de peso) ao psiquiatra, nos casos em que o tabaco está associado a doenças mentais.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Preservar a saúde ocular desde a infância

InstitutOptico promove acção de sensibilização no Estoril entre 30 de Maio e 1 de Junho.
No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Criança, o Institutoptico, associando-se à Feira da Criança, promove, nos dias 30 e 31 de Maio e 1 de Junho, no Parque Fiartil, no Estoril, acções de sensibilização e aconselhamento sobre formas de preservar a saúde ocular a partir da infância. Durante três dias, o Institutoptico realiza múltiplas actividades dirigidas aos mais pequenos, conjugando o entretenimento e diversão à aprendizagem dos cuidados a ter com os olhos. Como forma de sensibilização, o grupo de ópticos promove também um workshop subordinado ao tema “Saúde Visual e importância da protecção solar”. Esta acção será dirigida, em especial, aos pais e educadores de infância alertando-os para a importância do processo visual das crianças em aprendizagem. O workshop decorre no Centro de Congressos do Estoril, dia 29 de Maio, pelas 11 horas.

Nas crianças o rastreio visual é imprescindível. Estima-se que cerca de 5% a 10% das crianças em idade pré-escolar e cerca de 25% das crianças em idade escolar tenham problemas visuais. Estes, se não foram diagnosticados numa fase precoce, tendem a desenvolver-se de forma, por vezes, irreversível, afectando a aprendizagem, a integração escolar e até mesmo o comportamento da criança. Recomenda-se que a partir dos dois anos de idade os pais levem as crianças a fazer exames oftalmológicos. Em idade escolar, o acompanhamento deve ser feito de 2 em 2 anos. A criança poderá indicar problemas visuais se:

- Se aproxima excessivamente da televisão ou dos livros
- Pisca, esfrega ou franze os olhos quando está a fixar
- Inclina a cabeça quando quer ver melhor
- Há historial familiar de problemas oculares
O InstitutOptico nasceu em 1989 por iniciativa de um conjunto de ópticos portugueses e foi criado para apoiar e orientar estrategicamente as ópticas tradicionais numa era de globalização.

Maioria dos doentes cardíacos não descobre problema em exames de rotina

Apenas 19% dos doentes cardíacos descobrem que têm problemas cardíacos durante um check-up, antes dos sintomas aparecerem, normalmente, em situações extremas como o enfarte. Foi o que comprovou um levantamento feito por investigadores do Northwest Cardiovascular Institute (EUA) com mais de 13 mil pessoas (homens e mulheres com mais de 65 anos), publicado recentemente no "International Journal of Clinical Practice". Entre os entrevistados que apresentavam problemas cardiovasculares (como angina, insuficiência cardíaca ou que haviam sido submetidos a procedimentos como angioplastia ou ponte de safena), quase metade (48%) apenas identificou a sua condição ao sofrer sintomas como dores fortes ou mesmo um ataque cardíaco. Cerca de 15% descobriram o problema durante o tratamento de outras doenças, em consultas com endocrinologistas ou neurologistas, por exemplo. No caso dos diabéticos, grupo considerado de alto risco para doenças cardiovasculares porque a taxa elevada de glicose no sangue predispõe a enfartes e derrames, 54% dos entrevistados foram diagnosticados após sintomas e 22% enquanto tratavam outra doença. Normalmente, a doença cardiovascular é assintomática. Quando os primeiros sinais surgem, o problema já está em estágio avançado. Justamente pela falta de sintomas, a primeira estratégia para detectar quem tem riscos de adoecer é avaliar a presença de factores de risco (tabagismo, hipertensão, altos níveis de colesterol, diabetes, obesidade e sedentarismo), além do histórico familiar. Contudo, os especialistas referem que a maior parte das pessoas não conhece bem esses factores e não costuma submeter-se a exames de rotina. No entanto, de modo geral, mesmo as pessoas que não têm nenhum factor de risco nem histórico familiar devem fazer uma avaliação anual a partir dos 55 anos no caso dos homens e dos 60, nas mulheres, recomendam os especialistas. Quando há na família algum parente que sofreu um enfarte ou morte súbita antes dos 55 anos (em homens) ou dos 65 (no caso das mulheres), o ideal seria começar um programa de prevenção ainda na infância. Essas pessoas também precisam monitorizar mais cuidadosamente a pressão sanguínea e os níveis de colesterol. A adopção de hábitos saudáveis como não fumar, controlar o peso e praticar actividade física regularmente deverá ser regra, independentemente da presença de factores de risco e de histórico familiar.

Maio é mês do coração



Fundação Portuguesa de Cardiologia alerta para a prevenção e o controlo das doenças que afectam o coração.
A Fundação Portuguesa de Cardiologia dedica, mais uma vez, o mês de Maio ao Coração.
A campanha "Maio Mês do Coração" tem como objectivo alertar a população para a necessidade de se prevenir as doenças cardiovasculares. Teresa Gomes Mota é cardiologista e, em entrevista ao Fórum Hospital do Futuro, fala sobre a prevenção e o controlo das doenças que afectam o coração.

Quais são os principais factores de risco para se vir a ter problemas cardiovasculares?
Os principais factores de risco para as doenças cardiovasculares são de dois tipos: Não modificáveis - idade (quanto mais velho, maior o risco) e hereditariedade (casos de doenças cardiovasculares na família, nomeadamente antes dos 55 anos).
Modificáveis - os principais são a Hipertensão arterial, a Diabetes, o tabagismo e o Colesterol elevado.

Como está o coração dos portugueses?
O coração dos portugueses está ameaçado! Talvez os dados mais preocupantes sejam os que demonstram que 42% da nossa população adulta tem Hipertensão arterial, 12% tem Diabetes, e estes factores de risco não estão controlados, atingindo cada vez mais as pessoas jovens. Também a obesidade crescente, afectando todos os grupos etários, e constituindo uma importante causa de novos casos de Diabetes, Hipertensão arterial e alterações das gorduras no sangue, nos deve fazer reflectir sobre as consequências do nosso estilo de vida actual.

Que cuidados se podem ter no dia-a-dia para se evitar esses possíveis problemas?
Há cinco medidas que se podem implementar no dia-a-dia com excelentes resultados em termos de prevenção cardiovascular:

1. Actividade física regular: no mínimo andar a pé 30 minutos por dia.
2. Alimentação Saudável: variada, com legumes, frutas, cereais completos, azeite e gorduras vegetais, peixe, carnes magras e com redução do sal.
3. Abstenção de fumar.
4. Vigilância: avaliação regular do peso, do perímetro abdominal, da tensão arterial; análises de colesterol e de glicemia (nas pessoas de maior risco). Consulta médica para controlo dos valores elevados.
5. Informação: as pessoas com mais conhecimentos defendem melhor a sua saúde. É mais difícil detectar certos problemas cardiovasculares nas mulheres.

O que é que a mulher poderá fazer para prevenir doenças cardiovasculares?
Para além dos cuidados referidos anteriormente, as mulheres devem ter consciência que se sofrerem de diabetes, antes ou após a menopausa, o seu risco de sofrer de doenças cardiovasculares se iguala ao do sexo masculino. Em caso de sintomas anormais, devem procurar assistência médica.

No caso de a pessoa já ter um problema cardiovascular, que conselhos lhe dá para o seu dia-a-dia?
Os conselhos em caso de problema cardiovascular dependem da situação específica. De uma forma geral, os cinco conselhos anteriores (actividade física regular, alimentação saudável, abstenção de fumar, vigilância e informação) devem ser adaptados pelo médico ao caso individual. Mas é também importante incluir um sexto conselho: tomar regularmente a medicação. Actualmente a maior parte dos problemas cardiovasculares são crónicos e as pessoas podem ter uma boa qualidade de vida se forem cuidadosas no seu tratamento diário.
Adaptado de:

domingo, 24 de maio de 2009

Televisão é perigosa para bebés com menos de dois anos


Pediatras testaram famílias portuguesas e concluíram que crianças começam a ver televisão muito cedo e durante muitas horas. Uma situação que atrasa a competência de comunicação, alertam os médicos.
"A televisão funciona como uma babysitter. É ela que toma conta da criança e a entretém." O alerta para os riscos do uso excessivo da televisão é da pediatra Fátima Pinto, autora de um estudo que analisou o comportamento televisivo de 106 crianças no Porto e conclui que estas vêm muita TV desde cedo, muitas antes dos dos 24 meses. Uma situação que leva a médica a avisar: "É completamente contra-indicada a exposição televisiva antes dos dois anos."
É que ver demasiada televisão compromete as capacidades de comunicação das crianças, de interacção e aumenta a tendência para a obesidade e para os comportamentos agressivos. Atendendo aos dados de medição de audiência da Marktest, as crianças portuguesas passam três horas por dia em frente ao ecrã. "Uma média de consumo televisivo alta e um pouco acima da média europeia", alerta a socióloga Sara Pereira.
A neuropediatra Maria José Fonseca, por seu lado, lembra que "a Academia Americana de Pediatria não recomenda TV antes dos dois anos e depois dessa idade indica uma ou duas horas de exposição diária a programas de qualidade".
Em Portugal, os médicos também não aconselham que antes dos dois anos as crianças vejam televisão. E se o fizerem, "nunca por períodos superiores a cerca de 20 minutos", diz o pediatra Mário Cordeiro. Maria José Fonseca acrescenta que é essencial que "os pais tenham controlo sobre o tempo de exposição, o tipo de programas e sempre que possível vejam esses programas com os filhos".
A crescente importância da televisão nas casas dos portugueses leva o pediatra Gomes Pedro a considerar que "estamos a avançar para uma sociedade que não privilegia a comunicação humana, mediada pelo afecto". Em vez de passar o tempo a ver televisão, os pais deviam apostar em actividades ao ar livre. "Há um ditado popular muito explícito: a necessidade aguça o engenho. E hoje as crianças têm tudo feito e não desenvolvem a capacidade imaginativa, como antigamente quando tinham de fazer os próprios brinquedos", lamenta Fátima Pinto.
O pediatra Mário Cordeiro garante que a comunicação televisiva não permite o desenvolvimento de "um vocabulário ou gramática correctos". Defende que a TV "é um aparelho que pode ser desligado e a criança deve habituar-se a ver apenas o que lhe interessa". E compara: "Não se tem a torneira aberta à espera de alguém que deseje lavar as mãos". Sara Pereira faz questão de lembrar que a televisão tem coisas boas. "Há programas muito bons para a infância que podem alargar horizontes e dar a conhecer outras realidades."

sábado, 23 de maio de 2009

Remover amígdalas eleva risco de obesidade


As crianças têm maior risco de desenvolver excesso de peso ou obesidade após a cirurgia de remoção de amígdalas e dos adenóides. Esta foi a conclusão de um estudo holandês publicado na edição de Abril da revista «Pediatrics». A cirurgia, que no passado era indicada aos mínimos sintomas e chegou a ser considerada uma medida de saúde pública, é restrita hoje a infecções recorrentes sem controle clínico, à obstrução nasal - que pode levar a alterações faciais - e à apneia do sono, que interfere na aprendizagem. A partir de questionários anuais feitos a pais de 3.963 crianças com até oito anos de idade, a equipa liderada por Alet Wijga, do Instituto Nacional de Saúde Pública da Holanda, observou que a prevalência de excesso de peso aumentou em 61% após a tonsilectomia (remoção das amígdalas) e 136% após a adenotonsilectomia (remoção das amígdalas e dos adenóides). Embora as percentagens do estudo holandês possam ser relativizadas - como a prevalência de excesso de peso e obesidade no país é baixa, um pequeno aumento em números absolutos traduz-se numa grande percentagem -, os médicos afirmam que o ganho de peso é comum após essas cirurgias.
A explicação é simples. Com amígdalas e adenóides constantemente inflamadas, a criança tem a deglutição e olfacto prejudicados e não consegue alimentar-se normalmente. Após a operação, passa a comer mais, pois a deglutição torna-se mais fácil e o olfacto e o paladar, mais apurados. Por outro lado, diminui o gasto energético que antes ocorria com a respiração trabalhosa e com os processos inflamatórios.

Praticar exercício reduz quedas em idosos


Exercícios realizados em casa ou em grupo são mais eficazes para prevenir quedas do que mudanças em casa ou uso de suplementos de vitamina D.
A conclusão de que a prática de actividade física reduz as probabilidades e os índices de queda de idosos é de uma meta-análise da Cochrane Collaboration (rede global dedicada à revisão e análise de pesquisas na área da saúde), que analisou 111 artigos científicos e dados de mais de 55 mil pessoas idosas. As quedas são frequentes nessa faixa etária. Em geral, 30% das pessoas saudáveis com mais de 60 anos caem no espaço de um ano. Acima dos 80 anos, a taxa sobe para 40%. «As quedas são mais perigosas porque os ossos estão mais frágeis. O reflexo é menor na terceira idade, e há mais tendência a fracturas. Além disso, a cicatrização é mais lenta e complicada», afirma o ortopedista Moisés Cohen, professor e chefe da equipa de medicina desportiva da Universidade Federal de São Paulo, à Folha Online. Exercícios são altamente recomendados, mas o idoso deve ter autorização médica para praticá-los. Como marcha lenta, passos muito curtos e dificuldade de equilíbrio contribuem para os idosos caírem mais, as actividades que trabalhem a musculatura das pernas e dos quadris devem compor o programa de actividades nessa faixa etária. Exercícios de resistência são eficazes para aumentar o tónus muscular, e séries que ajudem a fortalecer a musculatura da coluna favorecem uma postura mais erecta. O tai-chi-chuan, mencionado na meta-análise, ajuda a melhorar o equilíbrio e o tónus muscular, «porque as posturas exigem muito das pernas ao mesmo tempo em que é treinado o equilíbrio», afirma o geriatra Sérgio Pachoal, coordenador da Área Técnica de Saúde da Pessoa Idosa da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo. Para melhorar a flexibilidade, exercícios de alongamento e pilates também são indicados. Se joelhos e tornozelos são flexíveis, a probabilidade de queda diminui, pois o idoso consegue dar passos mais firmes e longos. Considerados menos importantes na pesquisa da Cochrane, algumas mudanças em casa – como instalar barras de apoio nas banheiras – também ajudam o idoso a cair menos.
Adaptado de:

Jovens que se embebedam sofrem alteração no desenvolvimento do cérebro


Danos causados durante a juventude podem ser definitivos, conclui um estudo feito pela Universidade da Califórnia (EUA). Cada vez mais vemos jovens a beber álcool, e a beber em excesso – muitos até antes de terem a idade legal para isso. Mas várias pesquisas científicas têm mostrado que o efeito da "bebedeira" sobre o cérebro dos adolescentes não se limita à ressaca do dia seguinte. Um novo estudo realizado pela Universidade da Califórnia em San Diego, mostra que o desenvolvimento do tecido cerebral pode ser alterado nos jovens que bebem em excesso. Os investigadores descobriram que a substância branca do cérebro apresenta modificações com a exposição a toxinas, especialmente o álcool, em altas doses. A substância branca é responsável pela transmissão de informações entre as regiões de substância cinzenta do cérebro. Com esta dificuldade de transmissão da informação, ficam comprometidas as capacidades de coordenar várias informações na tomada de decisões e no controlo das emoções. Essas alterações, que afectam várias regiões diferentes do sistema nervoso central (SNC), já tinham sido detectadas em cérebros de alcoólicos. O que não se conhece ainda é o padrão temporal da modificação. Porém, acredita-se que isso aconteça no decorrer dos anos. O tecido nervoso central ainda está em desenvolvimento nos adolescentes. Esta evidência aponta para o facto de o dano causado pelo excesso de álcool poder ser definitivo e trazer consequências no desempenho social e intelectual desses jovens.
Adaptado de:

Estudos sugerem que corrida previne problemas de visão


Correr pode reduzir o risco de desenvolver cataratas e degeneração macular relacionada com a idade (DMRI), dizem estudos da Universidade de Berkeley (EUA).
Os maiores ganhos foram verificados em atletas, mas mesmo pessoas que correm distâncias menores foram beneficiadas.
Um dos trabalhos analisou informações de mais de 40 mil corredores durante sete anos e verificou que os homens que correram cerca de 64 km semanais tiveram 35% menos hipótese de ter cataratas do que aqueles que corriam menos de 16 km por semana.
Os investigadores compararam ainda os dados dos homens com melhor condição cárdio-respiratória aos dos menos preparados e viram que os atletas mais velozes apresentaram menos queixas da doença.
A corrida também foi benéfica em distâncias menores. Outro estudo realizado na mesma universidade analisou 152 homens e mulheres e constatou que aqueles que correram entre 2 km e 3,8 km por dia estavam 19% menos susceptíveis a ter degeneração macular do que os que se exercitaram menos de 2 km diários. Para o investigador em oftalmologia desportiva Marinho Scarpi, os resultados sugerem que a corrida pode ajudar na prevenção das cataratas e da degeneração macular (DMRI) por evitar problemas como hipertensão, diabetes e obesidade, que são factores de risco para as duas doenças. Estudos anteriores já apontavam que outras actividades físicas podem reduzir tais factores, mas exercícios vigorosos como a corrida mostraram-se mais eficazes. «Com excepção da exposição à luz solar, os atletas, em geral, cuidam mais de si mesmos e de sua alimentação». Segundo ele, a prática também ajuda no controlo do metabolismo do açúcar e reduz o consumo de cigarro e álcool entre seus praticantes, factores de protecção já conhecidos. O ponto alto dos estudos de Berkeley, avalia Scarpi, é a indicação de que mesmo quem não alcança tão longas distâncias pode ser beneficiado. «Não é necessário correr 10 km por dia para reduzir os riscos».
Outro estudo, feito em 2006 na Universidade de Medicina de Kaunas, na Lituânia, testou 210 pacientes com cerca de 60 anos internados para cirurgias de cataratas e verificou que o aumento da opacidade das lentes oculares foi maior em pessoas sedentárias. Os pesquisadores creditam o resultado, entre outros factores, à acumulação de radicais livres, presentes em maior concentração no organismo de quem não pratica actividades físicas.

Exercício físico é benéfico para a asma


Investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto demonstraram que a actividade física regular e moderada tem benefícios para a criança alérgica e com asma.
Os investigadores revelam, num trabalho publicado no European Respiratory Journal, que «foi a primeira vez que estes resultados foram documentados em doentes com asma. Anteriormente apenas tinham sido sugeridos em modelos animais da doença». O estudo foi desenvolvido em colaboração com a Faculdade do Desporto da Universidade do Porto (FADEUP) e o Hospital de São João. A equipa liderada pelo investigador André Moreira avaliou dois grupos de crianças com asma alérgica persistente, num total de 34 crianças com uma idade média de 13 anos. Um dos grupos passou a frequentar sessões de 50 minutos de exercício físico de moderado a intenso, duas vezes por semana, durante três meses. Passado este período, as crianças integradas no programa de exercício físico e as não integradas (grupo de controlo) foram clinicamente avaliadas e comparadas. Os resultados demonstram que as crianças asmáticas que praticaram exercício regular e as restantes apresentam sinais da doença similares, ou seja, o exercício físico não agravou a asma dos praticantes de desporto. «Pelo contrário, nas crianças que aumentaram a sua actividade física ocorreu uma diminuição significativa dos níveis de Imunoglobina E, um anticorpo que se encontra aumentado nas pessoas que sofrem de doenças alérgicas, tais como asma», explica André Moreira. De acordo com o investigador, esta é considerada «uma descoberta importante», uma vez que existia relutância da parte de muitos profissionais de saúde e pais em recomendar a prática de exercício às crianças com asma, temendo uma exacerbação da doença .Recomenda, por isso, que «as crianças devem, idealmente, praticar actividade física moderada cinco a sete vezes por semana». André Moreira considera ainda que «é obrigatório que o médico prescreva actividade física às crianças com asma, com indicação da actividade, frequência e duração num modelo em tudo semelhante ao que é feito com os fármacos para a asma». O investigador refere que é a primeira vez que estudos realizados em humanos demonstram a acção benéfica do exercício moderado na asma. Estas novas informações médicas deverão agora ser integradas nas indicações internacionais para o tratamento da doença.

Mulheres acima do peso correm mais risco de parto complicado



Estudo nos Estados Unidos examinou 600 mulheres obesas ou com excesso de peso. Trabalho de parto dura 30% mais e necessidade de cesariana é maior.

Quando engravidam, as mulheres obesas ou acima do peso correm um risco maior de ter um trabalho de parto demorado, o que pode trazer problemas para o feto e aumenta a necessidade de um parto por cesariana. Esta é a conclusão de um estudo realizado por investigadores da Universidade da Carolina do Norte (EUA). Os cientistas acompanharam mais de seiscentas mulheres na sua primeira gravidez para estudar por que as mulheres obesas apresentavam uma incidência maior de cesarianas. Foi demonstrado que o trabalho de parto das mulheres obesas dura em média 30% mais do que o das mulheres com peso normal. A gravidez de uma mulher com excesso de peso traz não só um aumento dos problemas típicos da gravidez como também aumenta a probabilidade de ocorrência de doenças como diabetes gestacional e pré-eclâmpsia. O conselho dos médicos para as mulheres que pretendam engravidar e estejam acima do peso ou obesas é que procurem orientação especializada para perder peso.

Excesso de televisão e sedentarismo aumentam a angústia em crianças


Um recente estudo aponta que ver televisão em excesso e a inactividade física são factores determinantes e aditivos de angústia psicológica em crianças.
O estudo, realizado na Escócia, envolveu 1.486 crianças com idades entre os quatro e doze anos, avaliando a presença do stresse psicológico através de um questionário específico, respondido com a ajuda dos pais. Globalmente, 4% das crianças foram classificadas como tendo níveis anormalmente elevados de stresse psicológico. Após análise estatística, verificou-se que as crianças que assistiam à televisão por mais tempo, quando comparadas com aquelas que assistiam por pouco tempo (menos que 90 minutos por dia), apresentaram níveis significativamente maiores de stresse psicológico. Da mesma forma, as crianças com um elevado nível de actividade física (mais de 10 sessões semanais com duração de pelo menos 15 minutos) quando comparadas com as crianças com um baixo nível (menos de 6 sessões semanais), tiveram níveis significativamente menores de stresse psicológico. Excesso de televisão e inactividade física aumentavam o risco relativo de angústia psicológica em crianças, na ordem de 45% e 64%, respectivamente. A análise demonstrou que estes dois hábitos inadequados de vida exerciam também efeitos aditivos. «Como a actividade física na adolescência é capaz de prever também a saúde mental na idade adulta, as políticas de saúde pública deverão concentrar-se em promover um aumento das actividades físicas em crianças mais novas», finalizam os autores do estudo.

Consumo isolado de alimentos não reduz risco cardíaco



Uma revisão de quase 200 estudos mostra que há pouca evidência que alimentos como salmão, grãos integrais e fibras consigam, sozinhos, reduzir o risco cardíaco.
Segundo os autores do texto, publicado no "Archives of Internal Medicine", um dos jornais da Associação Médica Americana, apenas nozes, vegetais e a dieta do Mediterrâneo apresentaram forte relação com a diminuição dessas doenças.
Entre os itens que demonstraram pouca relação com a protecção do coração aparecem peixes, ácidos gordos ómega 3 de fontes marinhas, grãos integrais, fibras, álcool e vitaminas C, E e betacaroteno - justamente os mais presentes em pesquisas sobre o tema.
«Peixe, fibras, cereais integrais continuam a ser benéficos, mas dentro de um estilo de vida saudável e de uma alimentação equilibrada», enfatiza o cardiologista Carlos Scherr, da Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro, à Folha Online. «Isso quer dizer que comer só peixe não resolve».
Na verdade, é o estilo de vida o factor determinante do risco cardíaco. Ou seja, a qualidade da alimentação no seu conjunto, e não o consumo isolado de alimentos.

O "Lyon Diet Heart Study", um grande estudo francês feito na década de 1990, revelou que a dieta mediterrânea traz benefícios ao coração por outros mecanismos além da redução de gorduras. Os autores notaram que a mortalidade diminui mesmo sem grandes quedas nas taxas de colesterol. Segundo o nutricionista Edson Credidio, da Academia Latino-Americana de Nutrição, a dieta mediterrânica é a mais saudável do planeta, pois, além de diminuir a incidência de doenças cardíacas em 33%, reduz o risco de cancro em 24% e também a probabilidade de desenvolver doenças como Alzheimer.
Para Daniel Magnoni, cardiologista do Hospital do Coração, em São Paulo, é o estilo de vida mediterrâneo que garante benefícios. «Mas isso inclui praticar actividade física além da alimentação».

Stresse aumenta o risco de obesidade entre os jovens


Investigadores norte-americanos alertam que o aumento dos níveis de stresse entre os jovens está associado a uma maior probabilidade de eles se tornarem obesos.

Num artigo publicado recentemente no "Journal of Adolescent Health", os investigadores, da Universidade do Estado de Iowa, destacam que as políticas dirigidas ao combate à obesidade juvenil devem considerar a influência da redução do stresse. Avaliando mais de mil adolescentes com idades entre 10 e 15 anos e as suas mães – todos de famílias de baixos rendimentos a viver em grandes cidades dos Estados Unidos –, os investigadores descobriram que 47% dos jovens tinham excesso de peso ou obesidade. Porém, entre aqueles afetados por quatro ou mais factores de stresse – incluindo notas baixas, problemas de saúde mental e abuso de álcool e drogas – essa percentagem subia para 56,2%. Além disso, as análises indicaram que um aumento no nível de stresse da mãe aumentava a probabilidade de um adolescente com insegurança alimentar estar acima do peso. “No geral, altos níveis de stresse individuais aumentaram a probabilidade de ter excesso de peso ou ser obeso para os adolescentes”, destacaram os autores. “Políticas endereçadas à obesidade adolescente deveriam considerar os benefícios de reduzir os níveis de stresse individuais enfrentados por adolescentes de baixos rendimentos e, para os adolescentes com insegurança alimentar, os benefícios de se reduzir os níveis de stresse da sua mãe”, concluíram.
Adaptado de:

Excesso de açúcar pode causar má formação no feto


As grávidas que ingerem alimentos com elevadas quantidades de açúcar podem estar a contribuir para mal formações no bebé, em especial ao nível da coluna vertebral, conclui um estudo publicado na revista Clinic Nutrition.
Os investigadores da Universidade da Califórnia revelaram que cereais, batatas, chocolate, mel e refrigerantes são alguns dos alimentos que devem ser ingeridos com moderação. Por sua vez, as gestantes devem privilegiar o consumo de vegetais, frutas e massas de trigo integral.

Consumo excessivo de refrigerantes pode causar fraqueza e paralisia muscular


Um estudo de uma universidade grega concluiu que o consumo excessivo de refrigerantes do tipo cola pode levar a problemas que vão desde uma leve fraqueza até à paralisia muscular profunda.
A pesquisa, liderada pelo médico Moses Elisaf, da Universidade de Ioannina, na Grécia, afirma que estes problemas ocorrem devido ao facto de um consumo excessivo dos ingredientes mais comuns nos refrigerantes do tipo cola - glicose, frutose e cafeína - poderem causar hipocalemia (diminuição da concentração de potássio no sangue circulante). «Na maioria dos casos que analisámos, a intoxicação por cafeína terá tido o papel mais importante», afirmou. Apesar disso, Elisaf alerta que produtos do tipo cola sem cafeína também podem causar a queda na concentração de potássio no sangue, devido ao facto de conterem frutose, que pode causar diarreia.
O relatório foi publicado na revista especializada "International Journal of Clinical Practice (IJCP)".

Entre os casos relatados está o de um fazendeiro da Austrália, que precisou de ser levado ao hospital para tratar de paralisia pulmonar depois de beber entre quatro e dez litros de refrigerante do tipo cola por dia. Ele conseguiu recuperar e foi aconselhado a diminuir o consumo do refrigerante, adianta a BBC.
Outro exemplo é o de uma mulher grávida que consumia regularmente até três litros do refrigerante por dia nos últimos seis anos e sentia cansaço, perda de apetite e vómitos constantes. Os exames revelaram que a mulher tinha o batimento cardíaco irregular, provavelmente causado pelos baixos níveis de potássio no sangue. Quando ela parou de consumir uma quantidade tão grande do refrigerante, conseguiu recuperar completamente.

Os investigadores afirmam que estes casos são comuns e que muitas pessoas correm o risco de desenvolver problemas de saúde devido ao consumo excessivo de refrigerantes.
«Temos todos os motivos para acreditar que isto não é raro», afirmou o médico Clifford Packer, do Centro Médico Louis Stokes Cleveland em Ohio, Estados Unidos, ao comentar a pesquisa. «Com marketing agressivo, o aumento do tamanho dos refrigerantes e os efeitos da tolerância e dependência de cafeína, existem poucas dúvidas de que dezenas de milhões de pessoas nos países industrializados bebem pelo menos entre dois ou três litros de refrigerantes do tipo cola por dia. E os níveis de soro de potássio destes consumidores de refrigerante do tipo cola estão a cair de forma perigosa em alguns casos», acrescentou.
No entanto, o próprio investigador grego Moses Elisaf acredita que «são necessários mais estudos para estabelecer quanto é que é de mais quando se trata de consumo diário de refrigerantes do tipo cola». «Os exemplos usados neste estudo são todos casos extremos. O consumo moderado de refrigerantes do tipo cola é completamente seguro e as pessoas podem continuar a consumir estas bebidas como parte de uma dieta equilibrada e uma vida activa», afirmou uma porta-voz da Associação Britânica de Refrigerantes.

Sabe-se também que os adolescentes que consomem grandes quantidades de cafeína, principalmente em refrigerantes, têm uma probabilidade acrescida de hipertensão quando comparados com os outros jovens. Um estudo publicado no jornal Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine revelou que 68% de rapazes e 62% de raparigas entre os 12 e os 17 anos bebem por dia pelo menos um refrigerante com cafeína na sua composição.
Não esquecer tambem que apesar da necessidade de realizar mais estudos para provar a teoria em estudo, o consumo excessivo de refrigerantes já foi associado a problemas como obesidade, diabetes, problemas nos dentes e nos ossos.

Adaptado de: http://saude.sapo.pt/artigos/noticias_actualidade/ver.html?id=995454

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Obesidade


A génese da obesidade não é difícil de encontrar: «em termos gerais podemos dizer que este fenómeno se deve a dois tipos de factores: uma alimentação mais calórica e mais desequilibrada e uma diminuição do exercício físico em crianças e jovens», considera o presidente da Secção de Pediatria do Ambulatório da Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP), José Luís Fonseca.

O parecer dos nutricionistas João Breda e Ana Rito é corroborante: a essência da obesidade, nomeadamente a infantil, «está, seguramente, relacionada com padrões de comportamento alimentar caracterizados pelo elevado consumo de calorias (açúcares e gorduras) e, paralelamente, por dietas cada vez menos ricas em cereais completos, hortaliças e frutos, para além de reduzidos níveis de exercício físico».
Em relação à (in)actividade física, o Centro de Investigação Obesidade Online da Fundação Bissaya Barreto considera mesmo que, em Portugal, a situação é «dramática». «Os portugueses não sentem vontade de se exercitar: 60,2% de adultos não praticam qualquer tipo de actividade física, e são os que se exercitam menos na Europa". Claro que – nem seria preciso acrescentar – "pais pouco activos têm maiores probabilidades que os seus filhos sejam igualmente crianças com baixo nível de actividade física", reforça a Plataforma de Luta Contra a Obesidade.
Ainda que outros factores possam, também, contribuir para o excesso de peso – nomeadamente genéticos, culturais e hormonais - «aqueles que podem ser preveníveis, como a má alimentação e a falta de actividade física, desempenham um papel primordial na obesidade infantil e nas suas co-morbilidades [doenças associadas]», reforça o pediatra José Luís Fonseca.

Se houver um acompanhamento continuado e precoce, «qualquer médico de família ou pediatra sabe dar as indicações muitas vezes necessárias e suficientes para que tudo corra pelo melhor», refere José Luís Fonseca. «Se se deixa resvalar, então, muitas vezes é necessário recorrer a um especialista da área».
Contudo, «o tratamento da obesidade infantil é, normalmente, um processo de correcção dos hábitos de vida, principalmente quanto à alimentação e à prática do exercício físico», esclarece o pediatra. «Outras medidas, como as medicamentosas ou a colocação de bandas gástricas, são quase exclusivamente terapêuticas do adulto».
«O sucesso depende grandemente da ajuda dos pais, ou de outras pessoas que sejam próximas do jovem», lembra o Centro de Investigação Obesidade Online. «A família é a primeira a decidir que alimentos ingerir, assim como a forma de confecção e o tempo e ambiente em que a refeição é servida. Estas pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença na saúde das crianças».

Será preciso dizer que hábitos alimentares devem ser adoptados? A Plataforma de Luta Contra a Obesidade lembra: consumir alimentos «de elevado valor nutricional, que assentem numa grande variedade alimentar, maioritariamente de origem vegetal»; «substituir carnes gordas e produtos cárneos por leguminosas, peixe ou por carnes magras»; «controlar a ingestão de gordura (que não deve contribuir com mais de 30% do total energético diário) e substituir a maioria das gorduras saturadas (como a manteiga) por óleos vegetais insaturados (como azeite)»; «reduzir o consumo de doces e bebidas açucaradas». E, acrescentamos nós, limitar a tão famosa fast-food...
Além de uma grande influência nos hábitos alimentares da criança, a família também tem uma palavra a dizer no que concerne à prática de actividade física. Aquele organismo da DGS sugere que se encoraje «as crianças a aprender a desfrutar da actividade física» e a «reduzir o tempo não-activo, dispendido com a televisão e jogos de computador». Já agora: «preconiza-se que as crianças não passem mais de duas horas por dia nestas actividades e que tenham pelo menos 60 minutos de actividade física diariamente». Parece difícil, mas não é. Como se costuma dizer: primeiro estranha-se, depois entranha-se. Se for adulto, aproveite e adopte os mesmos hábitos – tanto de actividade física, como alimentares; não só as crianças seguirão mais facilmente os mesmas directrizes se um adulto próximo der o exemplo, como, também, a sua própria saúde agradecerá! Sofra ou não de excesso de peso, claro.
Claro que o papel das escolas é, igualmente, «um alicerce fundamental» – opina o pediatra José Luís Fonseca – «não só pelo exemplo dos regimes alimentares fornecidos nas cantinas escolares, como pela sensibilização dos professores aos alunos do facto de estarem em idades muito sensíveis para a educação alimentar e do exercício». O desempenho das escolas, «estando ainda muito longe de ser a que corresponderá a uma evolução positiva nos índices de obesidade infantil, começa a ter traços indicadores de que muita coisa já está a ser feita por esse país fora», considera.

Resumindo, «A prevenção e o controlo do excesso de peso e da obesidade assentam em três pilares: alimentação, actividade física e modificação comportamental», reforça o coordenador nacional da Plataforma de Luta contra a Obesidade, João Breda. «É fundamental a participação da família e da escola num envolvimento promotor de estilos de vida saudáveis». Apenas deste modo se contribui para proteger a saúde, o bem-estar e a auto-estima das crianças – e da família. Agora e no futuro.

Obesidade infantil: vamos acabar com esta epidemia


Morrem anualmente cerca de 1500 pessoas em Portugal em consequência da obesidade, mas há formas de prevenção e tratamento que podem ser activadas.
Uma em cada cinco crianças tem excesso de peso ou obesidade, na Europa. E a esta estatística juntam-se 400 mil crianças por ano. Portugal não foge aos números, sendo até o segundo país com mais crianças obesos. Para além dos problemas psicológicos que acarreta, a obesidade infantil é um importante factor de risco de várias doenças. Por isso, vamos fazer mais pelas nossas crianças: a má alimentação e a reduzida actividade fisica, apontados como as principais causas, são preveníveis e corrigíveis.

É chamada pelos especialistas como a «epidemia do século XXI». Não é caso para menos. A obesidade tem vindo a aumentar, por todo o mundo. Nos países europeus, «triplicou, desde 1980». Actualmente, «cerca de 20% da população europeia é obesa», comunica a Plataforma de Luta Contra a Obesidade da Direcção-Geral de Saúde (DGS).
Portugal encontra-se numa das posições mais desfavoráveis do cenário europeu, apresentando «mais de metade da população com excesso de peso e sendo um dos países em que é maior a prevalência de obesidade infantil, já que 30% das crianças apresentam sobrepeso e mais de 10% são obesas», comunica aquele organismo da DGS.
A tendência é, de facto, particularmente preocupante nas crianças. A International Obesity Taskforce (IOTF) estima que, na Europa, 14 milhões de crianças (ou seja, uma em cada cinco) tenha excesso de peso - das quais três milhões são obesas. E a taxa de crescimento desta doença tem seguido uma tendência a que se juntam 400 mil crianças por ano (!).
«Estes números constituem um grave prenúncio do que poderá acontecer nos próximos anos, uma vez que é consensual que a obesidade infantil é um factor preditor da obesidade no adulto», considera o nutricionista João Breda, coordenador da Plataforma Contra a Obesidade. E, só em Portugal, «todos os anos, morrem em média 1500 pessoas, mortes relacionadas com a obesidade e que poderiam ser evitadas», segundo o presidente da Associação de Obesos e Ex-obesos de Portugal (ADEXO), Carlos Oliveira.

As crianças obesas ou com sobrepeso «podem desenvolver vários problemas de saúde, que se vão agravando até à idade adulta», comunica o site do Centro de Investigação Obesidade Online da Fundação Bissaya Barreto. A obesidade infantil «é um factor de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, síndrome metabólica, hipertensão arterial, asma e outros problemas respiratórios, alterações no sono, perturbações na puberdade ou menarca, doenças do comportamento alimentar e infecções». Já para não falar – lembra João Breda – dos «problemas osteoarticulares e distúrbios emocionais e psicológicos associados à estigmatização e exclusão social dos obesos».

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Roda dos Alimentos


A Roda dos Alimentos é uma imagem ou representação gráfica que ajuda a escolher e a combinar os alimentos que deverão fazer parte da alimentação diária.
É um símbolo em forma de círculo que se divide em segmentos de diferentes tamanhos que se designam por Grupos e que reúnem alimentos com propriedades nutricionais semelhantes.
A Roda dos Alimentos Portuguesa foi criada já em 1977 para a Campanha
de Educação Alimentar “Saber comer é saber viver”. A evolução dos conhecimentos científicos e as diversas alterações na situação alimentar portuguesa conduziram à necessidade da sua reestruturação.
A nova Roda dos Alimentos agora apresentada mantém o seu formato original, pois este é já facilmente identificado e associa-se ao prato vulgarmente utilizado. Por outro lado, e ao contrário da pirâmide, o círculo não hierarquiza os alimentos mas atribui-lhes igual importância. A subdivisão de alguns dos anteriores grupos e o estabelecimento de porções diárias equivalentes constituem as principais alterações implementadas nesta nova roda.
De uma forma simples, a nova Roda dos Alimentos transmite as orientações para uma Alimentação Saudável, isto é, uma alimentação:
› completa - comer alimentos de cada grupo e beber água diariamente;
› equilibrada - comer maior quantidade de alimentos pertencentes aos grupos de maior dimensão e menor quantidade dos que se encontram nos grupos de menor dimensão, de forma a ingerir o número de porções recomendado;
› variada - comer alimentos diferentes dentro de cada grupo variando diariamente, semanalmente e nas diferentes épocas do ano.

A nova Roda dos Alimentos é composta por 7 grupos de alimentos de diferentes dimensões, os quais indicam a proporção de peso com que cada um deles deve estar presente na alimentação diária:

- Cereais e derivados, tubérculos – 28%
- Hortícolas – 23%
- Fruta – 20%
- Lacticínios – 18%
- Carnes, pescado e ovos – 5%
- Leguminosas – 4%
- Gorduras e óleos – 2%


A água, não possuindo um grupo próprio, está também representada em todos eles, pois faz parte da constituição de quase todos os alimentos. Sendo a água imprescindível à vida, é fundamental que se beba em abundância diariamente. As necessidades de água podem variar entre 1,5 e 3 litros por dia.
Cada um dos grupos apresenta funções e características nutricionais específicas, pelo que todos eles devem estar presentes na alimentação diária, não devendo ser substituídos entre si. Dentro de cada grupo estão reunidos alimentos nutricionalmente
semelhantes, podendo e devendo ser regularmente substituídos uns pelos outros de modo a assegurar a necessária variedade.

Para mais informações sobre as porções recomendadas pela nova Roda dos Alimentos, consulta:
http://www.gastronomias.com/roda-alimentos/roda_Alimentos.pdf

Deixamos-te agora algumas receitas para tornares as tuas refeições mais coloridas!

Batido de morango
Ingredientes:
150 gramas de morangos maduros
1 copo de leite
Preparação:
Colocar os morangos num copo misturador e juntar o leite. Triturar e servir bem fresco. Decorar com morangos cortados em pedaços.

Batido de Papaia
Ingredientes:

Meia papaia descascada e cortada em pedaços
1 copo de leite
Preparação:
Colocar todos os ingredientes num copo misturador, triturar e servir bem fresco.

Salada Colorida
Ingredientes:
1 cenoura média
1 pimentão pequeno
1 tomate
1 cebola pequena
100 gr de azeitonas sem caroço
100 gr de queijo
Orégãos, sal, azeite a gosto
Sumo de meio limão
Preparação:
Rale a cenoura e pique os restantes ingredientes, misture tudo e por último deita o sal, o azeite, os orégãos e o sumo de limão.

Salada de Frutos Exóticos
Ingredientes:
3 maracujás
3 mangas
2 kiwis
2 papaias
2 bananas
1 ananás
sumo de 1 limão
sumo de maracujá
Preparação:
Descasque todos os frutos. Corte as bananas em rodelas e borrife-as com sumo de limão. Corte o ananás também em rodelas, retire-lhes o centro e corte em pedaços. Limpe as papaias de sementes e corte em cubos. As mangas corte-as em pedaços assim como os kiwis. Parta os maracujás em metades e retire-lhes a polpa. Acrescente a esta sumo de maracujá (pode usar o concentrado desde que diluído). Coloque os frutos assim preparados em taças e regue-os com o sumo de maracujá.

Alface recheada com arroz
Ingredientes:

100 gramas de cogumelos cozidos
1 copo de sumo de tomate
100 gramas de arroz
2 ovos cozidos
4 alfaces
sal q.b.
Preparação:
Retirar as folhas velhas da alface e um pouco do centro. Lavar muito bem, cozinhar alguns minutos em água a ferver com uma pitada de sal e escorrer. Preparar o recheio: cozinhar o arroz em água com um pouco de sal, sem deixar cozer muito. Se sobrar água, estando o arroz cozido, escorrer e deixar secar um pouco. Acrescentar os ovos cozidos esmagados com garfo e os cogumelos picados. Colocar o recheio no meio das alfaces (de onde foram retirados os centros). Despejar o sumo de tomate
num pirex, colocar por cima as alfaces recheadas, tapar o pirex e levar ao forno em lume brando durante meia hora.

Salada de Tomate com Pêssegos
Ingredientes:
6 tomates
1 pimento verde
6 pêssegos de lata
2 colheres de sopa de vinagre de sidra
2 colheres de chá de calda de conserva de pêssego
azeite
sal q.b.
Preparação:
Cortar o tomate em fatias. Limpar de sementes. Cortar o pimento em tiras finas.
Cortar o pêssego em fatias. Misturar todos os ingredientes numa saladeira.
Preparar o molho misturando bem o azeite com o vinagre, a calda de pêssego e uma pitada de sal. Deitar sobre a salada e mexer bem.

Sopa de Legumes
Ingredientes:

1 cebola picada
4 batatas
1 tigela de ervilhas
3 cenouras
2 nabos
300 g de feijão verde
sal e azeite q.b.
Preparação:
Numa panela grande, juntar a cebola, as batatas aos cubos, as ervilhas, as cenouras, os nabos e o feijão verde, tudo cortado. Adicione água que dê para a sopa, tempere com sal e azeite e acabe de cozinhar.

Abóbora ao forno
Ingredientes:
1 colher de sopa de farinha de trigo
10 gramas de queijo ralado
400 gramas de abóbora
1 copo de leite
sal q.b.
Preparação:
Descascar a abóbora e retirar as sementes. Cortar em pedacinhos. Cozinhar em água com uma pitada de sal durante cerca de 15 minutos. Escorrer e amassar a abóbora na mesma panela em que foi cozida. Deixar em lume forte para evaporar toda a água, mas com cuidado para não queimar. Em separado, dissolver a farinha de trigo no leite e levar ao fogo em lume brando. Quando ferver e engrossar, despejar sobre a abóbora e mexer bem. Colocar o preparado num pirex, polvilhar com o queijo ralado e levar ao forno por 10 minutos, para gratinar.

Bom Apetite!

O que conta como uma porção para o 5 ao Dia?

Aqui fica uma lista de frutos e hortícolas para saberes quais as quantidades equivalentes a uma porção para o 5 ao Dia, para poderes organizar as tuas refeições.

Abacate - 1/5 de um médio (30gr)
Aipo - 2 talos médios (110gr)
Alface romana - 6 folhas (85gr)
Ameixas - 2 ameixas (132gr)
Amoras - 1 chávena (144gr)
Ananás - 2 rodelas (112gr)
Arandos - 1 chávena (144gr)
Brócolos - 1 talo (148gr)
Cebola - 1 cebola (148gr)
Cenoura - 17 cm de longitude e 1 cm de diâmetro (78gr)
Couve-flor - 1/6 de uma peça média (99gr)
Espargos - 5 rebentos (93gr)
Espinafres - 1,5 chávena de espinafres (85gr)
Figos - 3 figos médios (153gr)
Framboesa - 1 uma chávena (125gr)
Laranja - 1 laranja média (154gr)
Lima - 1/2 lima (154gr)
Maçã - 1 maçã (154gr)
Tangerinas - 1 tangerina de tamanho médio (109gr)
Manga - 1/2 manga (104gr)
Melância - 2 chávenas de pequenos pedaços de melância (280gr)
Melão - 1/4 de meio melão (134gr)
Morangos - 8 morangos (147gr)
Nectarina - 1 nectarina (140gr)
Papaia - 1 papaia de tamanho médio (98gr)
Pepino - 1/3 de um pepino (99gr)
Pêra - 1 pêra de tamanho médio (98gr)
Pimentos - 1 pimento médio (148gr)
Tomate - 1 tomate de tamanho médio (148gr)
Uvas - 1,5 cacho de uvas (138gr)

Legenda: Frutas ou Hortícolas - Tamanho das peças de Frutas ou Hortícolas (Equivalência em gramas)

Como podes cumprir o teu Programa 5 ao dia?


É muito fácil. Para cumprires o Programa 5 ao Dia, basta incluíres frutas e vegetais em cada uma das tuas refeições! E na roda dos alimentos podes ver que porções dos outros alimentos deves consumir por dia, para que consigas ter uma alimentação saudável! Já sabes que uma alimentação saudável é uma alimentação que fornece proteínas, lípidos, hidratos de carbono, fibras, água, vitaminas e minerais na qualidade certa. É muito importante que a tua alimentação seja variada e equilibrada, pois se assim for, vai proteger o teu corpo contra muitas doenças como problemas cardiovasculares, diabetes, colesterol e até alguns tipos de cancro; caso não saibas, a maioria dos cancros que surgem são causados pelo (mau) estilo de vida que é levado pelas pessoas! Por isso, já sabes, tens de evitar "comer mal".

Não deves:
- Comer de mais nem de menos;
- Comer muito depressa sem mastigar bem os alimentos;
- Comer alimentos com muita gordura, açúcar e sal;
- Comer "fora de horas";
- Saltar refeições;
- Não escolher bem os alimentos;
- Não saborear a comida.

Torna as tuas refeições divertidas e coloridas como o arco-íris!


Aqui ficam algumas sugestões:

Pequeno Almoço:
1 peça de fruta ou um sumo de fruta natural;
A meio da manhã:
1 peça de fruta ou uma cenoura descascada
Almoço:
1º prato: sopa
2º prato: acompanhado de salada ou legumes cozidos
1 peça de fruta à sobremesa
Lanche:
1 peça de fruta ou uma salada de frutas ou um sumo de fruta natural
Jantar:
1º prato: sopa
2º prato: acompanhado de salada ou legumes cozidos
1 peça de fruta à sobremesa

Programa 5 ao Dia


5 AO DIA, FAZ CRESCER COM ENERGIA

O programa Cinco ao Dia existe para lembrar da importância do consumo de frutas e hortícolas, pelo menos em 5 porções ao Dia, promovendo este consumo. O objectivo é que, ao comeres mais frutas e hortícolas, cresças com mais energia. Assim, pretende-se alterar a tendência cada vez mais acentuada do aumento da incidência de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.
O Programa 5 ao Dia é dirigido a crianças dos 7 aos 12 anos, correspondente aos 1º e 2º ciclos. No Alentejo, o programa 5 ao Dia foi abraçado pelo Mercado Abastecedor da Região de Évora (MARÉ) que lançou em conjunto com a Administração Regional de Saúde (ARSA) e com a Direcção Regional de Educação do Alentejo (DREAle) este programa na nossa região! Em Portugal, o responsável pelo Programa 5 ao Dia é o Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL) que, empenhado em assumir uma atitude de Responsabilidade Social Corporativa deu voz a esta iniciativa.

Para mais informações e sugestões, consulta:
http://www.min-saude.pt/NR/rdonlyres/6FF936CD-F154-48F7-BD05-0FE41287D857/0/livrinho_5_ao_dia_mare.pdf

A professora Cristina Simões e os alunos do 6º ano realizaram uma visita ao MARL (Mercado Abastecedor da Região de Lisboa), onde puderam conhecer melhor produtos hortícolas e frutos e hábitos alimentares.

Mexa-se! pela sua saúde


Mexa-se e conviva!
A prática regular de exercício físico, mesmo de uma forma mais simples, é fundamental para preservar a saúde e melhorar a qualidade de vida. O programa Almada Mexe Comigo, além de incentivar a prática de hábitos salutares, fomenta a confraternização e tem achegas culturais muito interessantes.
Os passeios de BBT a as caminhadas conjugam todos esses elementos e são acessíveis a qualquer pessoa, de qualquer faixa etária. A componente lúdica está sempre presente. O praticante está em permanente contacto com a natureza.
A programação de Maio tem aliciantes como, por exemplo, o passeio em noite de Lua Cheia. A colaboração das colectividades traz originalidades.
Apresentamos agora o programa deste mês.
Mexa-se!

24 de Maio, Domingo
Passeio de BTT

Ponto de encontro: Mercado Municipal da Sobreda, junto ao LIDL
Duração: 9h - 12h30
Distância: 27km
Dificuldade: baixa / média
Percurso: Inicio na Sobreda, passando por Vale Figueira, Vale Fetal, Vale de Milhaços, aterro, Belverde, Vale de Milhaços e regresso à Sobreda
Acompanhamento: Núcleo de BTT da Sobreda

24 de Maio, Domingo
Yoga Sámkhya

Local: Parque Urbano da Costa da Caparica
Duração: 9h - 18h

31 de Maio, Domingo
Dia Nacional das Colectividades Grupos de Caminhada

Ponto de encontro: Posto da BP da Verdizela
Inicio da actividade: 9h
Distância: 9km
Grau de dificuldade: baixo
Percurso: Verdizela, Fonte da Telha e regresso à Verdizela
Acompanhamento: Clube Recreativo Barroquense

31 de Maio, Domingo
Animações de espaços públicos

Local: Parque da Paz
Duração: 9h - 18h
Aulas abertas à participação de todos, aconselhamentos, rastreios, orientação, jogos tradicionais

31 de Maio, Domingo
Yoga Sámkhya

Local: Parque da Paz
Duração: 9h - 18h

Sono pode ser factor importante no Índice de Massa Corporal


Um estudo apresentado pela Sociedade Torácica Americana associa o índice de massa corporal (IMC, medida que indica a obesidade) com a duração e a qualidade do sono.
Medindo, com um aparelho chamado actigrafia, o padrão de sono – atividade, temperatura e posição do corpo – de 14 enfermeiras, os investigadores descobriram que aquelas que dormiam menos ou pior apresentavam, em média, um IMC de 28,3 kg/m² - indicando, assim, excesso de peso. Por outro lado, aquelas que dormiam mais tinham um IMC de 24,5 kg/m² - indicando peso normal.
Surpreendentemente, os participantes com sobrepeso pareciam mais activos do que aqueles com peso normal, caminhando, em média, 25% a mais e gastando mais calorias a mais por dia. Isso indica que os gastos de energia a mais não foram necessariamente traduzidos em perda de peso.
Os autores do estudo destacam que a pesquisa descobriu interessantes relações, abrindo diversas possibilidades para investigações futuras. «Primariamente, queremos saber por que o sono e o peso parecem estar conectados», ressaltaram os investigadores. Acreditam que essa relação entre sono e peso pode estar no desequilíbrio hormonal causado pela deficiência de sono. Citam, por exemplo, a redução da quantidade de leptina, que é conhecido como hormona da saciedade, o que faria com que aqueles que dormem pouco comessem mais. Outra explicação poderia ser o stress, que poderia ser um factor comum, reduzindo a duração do sono e aumentando o consumo de alimentos.
Os investigadores pretendem, inclusivé, estudar a influência do stress no sono e no metabolismo. »Maior stresse pode erodir o sono», referem os autores.

sábado, 16 de maio de 2009

Gripe A: o que é e como evitá-la?


O surto de Gripe A já infectou mais de 1.500 pessoas em todo o mundo e está a lançar o pânico a nível global. Mas haverá de facto razão para tantos alarmes?
É no México que tudo parece ter começado: em Março, várias agências de saúde pública alertaram para surtos de um novo tipo de gripe em três áreas do país. Trata-se de uma doença respiratória que começa em criadores de porcos e parte de um vírus gripal do tipo A que se propaga rapidamente. No México há já pelo menos 56 mortes confirmadas e mais de 2.000 infectados mas os números não param de aumentar. Quase imediatamente, a Gripe A começou a espalhar-se para fora do país, havendo, quase desde a primeira hora, casos confirmados nos Estados Unidos e no Canadá. Logo a seguir, o vírus entrou na Europa, com casos confirmados em Espanha, no Reino Unido, na Alemanha, na Suíça e na Áustria. E a cada hora que passa, parecem surgir dos mais diversos países notícias de pessoas hospitalizadas com sintomas da doença, tendo já sido registados mais 5.000 infectados em todo o mundo.
Contudo, além das mais de quatro dezenas de falecimentos no México, só os EUA, o Canadá e a Costa Rica registaram outras mortes associadas à doença, e em número infinitamente mais reduzido: duas no primeiro caso e uma em cada um dos dois últimos. O menor nível de higiene no México levou à propagação mais rápida e inicialmente descontrolada da doença, o que não tem sucedido nos países mais desenvolvidos, em que os casos são imediatamente localizados, contidos e tratados. Apesar disso, nesta altura, os EUA já ultrapassaram o México em número de casos registados.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou o nível de alerta para a fase 5, o segundo nível mais alto da escala, logo abaixo do de pandemia, o que significa que os governos devem manter-se preparados para a possibilidade de a doença se transformar numa pandemia de alcance mundial. O critério principal para anunciar um nível de alerta destes é o facto de a doença ter desenvolvido dois focos autónomos em dois países diferentes.

O que é a Gripe A?
A Gripe A é uma doença respiratória provocada por ortomixovírus endémicos aos porcos. Até à data, as correntes isoladas da doença têm sido classificadas como vírus gripais de tipo C ou de tipo A, como é o caso da que está actualmente a grassar pelo mundo, que é do tipo AH1N1.
Embora a Gripe A não seja um acontecimento raro em determinadas zonas do globo, afectando directamente pessoas em contacto com os suínos, já houve ameaças anteriores de pandemia alargada, como a que se verificou nos EUA em 1978 e nas Filipinas em 2007. As origens do vírus H1N1 ainda não estão completamente determinadas, mas tudo indica que se trata de um híbrido de matrial genético de aves, humanos e porcos. Hoje, no léxico comum, aplica-se a designação de "gripe suína" àquela que afecta unicamente os porcos e "Gripe A" aquela que está actualmente a afectar os seres humanos.
A Organização Mundial de Saúde expressou bastante preocupação com a doença, essencialmente pelo facto dela se transmrtir não só pelos animais mas também de humano para humano, determinando tratar-se de «uma emergência de saúde pública de âmbito internacional» e sublinhando o conhecimento ainda deficiente das «características clínicas, epidemiologia e virulogia dos casos confirmados e das respostas apropriadas».

Como se contrai a Gripe A?
À partida, o vírus da Gripe A contrai-se através do contacto directo com os animais infectados, mas sabe-se já que também pode espalhar-se pelo ar, através de tosses e espirros. Além disso, evidências crescentes mostram que pequenas partículas do vírus podem resistir em mesas, telefones e outras áreas e serem transferidas pelos dedos quando levados à boca, nariz ou olhos. O vírus não pode, como já foi amplamente sublinhado, ser transmitido através do consumo de carne de porco, uma vez que a temperatura de cozedura (71º Celsius) destrói os vírus e as bactérias.

Quais os sintomas da Gripe A?
Os sintomas não são muito diversos dos de uma gripe comum, embora se agravem rapidamente. Consistem numa febre repentina (acima dos 38ª C.), congestionamento nasal, tosse intensa, falta de apetite e intensa dor de cabeça e de articulações.
Para saber se se está infectado pelo vírus, é efectuado um «exame clínico detalhado», que analisa secreções de nariz e laringe durante as primeiras 24-72 horas, e de sangue para identificar anticorpos.

Há vacinas ou cura para a doença?
Vacinas só existem para os próprios porcos, não para o ser humano. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacina existente para humanos é para uma cepa anterior ao vírus, com o qual não é tão eficaz. Mas «a produção de vacina pode tornar-se possível na medida em que o vírus tenha sido identificado».
Nos casos confirmados, as autoridades mexicanas fornecem os antivirais "oseltamivir" e "zanamivir", mas sob estrita supervisão médica já que são fórmulas «de uso delicado» e uma má aplicação «não está isenta de efeitos secundários». O Tamiflu, o medicamento que contém o seltamivir, utilizado contra a gripe aviária, é eficaz, segundo a OMS.

Como prevenir a gripe suína?
Segundo a Direcção Geral de Saúde (DGS), há medidas essenciais a viajantes que se desloquem para regiões afectadas:

- Lavagem frequente das mãos, com água e sabão, para reduzir a probabilidade de transmissão da infecção;

- Cobrir a boca e nariz quando espirrar ou tossir, usando lenço de papel sempre que possível;

- Utilizar lenços de papel, que devem ser de uso único, depositando-os num saco de plástico que deve ser fechado e colocado no lixo após utilização;

- Limpar superfícies sujeitas a contacto manual (como maçanetas das portas) com um produto de limpeza comum.


O cumprimento destas indicações é muito importante igualmente em crianças. Nos próprios locais, sugere-se também o afastamento de outras pessoas que possam estar infectadas, além da tentativa de evitar grandes aglomerações, e de trabalhar e até repousar em casa se a infecção se espalhar pela comunidade. Naturalmente que qualquer um com os sintomas semelhantes ao da gripe suína – ou de qualquer outra gripe -, como febre repentina, tosse ou dores musculares, deve evitar o trabalho ou o transporte público e deve realizar exames médicos.
Muito importante ainda é que os viajantes que regressem de áreas atingidas ou que tenham tido contacto próximo com qualquer pessoa infectada e que apresentem sintomas de gripe devam permanecer em casa e ligar para a Linha Saúde 24, através do número 808 24 24 24 e seguirem as instruções que lhes forem dadas.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Congresso ibérico de Tabacologia reúne especialistas internacionais em Lisboa


"Controlo do Tabagismo e Desenvolvimento Humano" é o tema do 2º Congresso Ibérico de Tabacologia, que se realiza entre 21 e 23 de Maio, em Lisboa.
Com o objectivo de reflectir e discutir o tema do tabagismo e as suas formas de controlo e prevenção, realiza-se pela primeira vez em Portugal e já nos próximos dias 21, 22 e 23 de Maio, em Lisboa, o 2º Congresso Ibérico de Tabacologia, organizado pela Sociedade Portuguesa de Tabacologia (SPT) e sua congénere espanhola, a Sociedade Española de Especialistas en Tabaquismo (Sedet).

Em torno do tema "Controlo do Tabagismo e Desenvolvimento Humano", duas centenas de especialistas nacionais e internacionais vão reflectir sobre este problema de dimensão global, considerado hoje uma epidemia com grave impacto na sociedade. «O controlo do tabagismo é, inequivocamente, a medida mais efectiva de promover a saúde dos povos e de, ao mesmo tempo, promover o desenvolvimento humano e a redução das desigualdades», refere Prof. José M. Calheiros, Presidente da Sociedade Portuguesa de Tabacologia (SPT).
«É, pois, cada vez mais imperiosa a necessidade de desenvolver actividades que identifiquem e actuem nos grupos mais vulneráveis, alvo preferencial de estratégias comerciais que mais degradam a sua precária situação socioeconómica», alega o Presidente da SPT.

O congresso inicia-se, dia 21 de Maio às 18h00, na Fundação Calouste Gulbenkian, com a conferência intitulada Controlo de Tabagismo e luta contra a pobreza, a qual será proferida pela Drª. Paula Johns da Aliança de Controle do Tabagismo, Brasil (ACT).
Dia 22 de Maio, pelas 12h00, acontece o segundo momento alto do evento com a palestra da Professora Lírio Covey, uma das maiores especialistas mundiais e Investigadora da Columbia University (EUA), sob o tema "Tabagismo e doença mental – Abordagem do consumo do tabaco em pacientes psiquiátricos". No mesmo dia, pelas 16h30, o especialista espanhol Fernando González Torralba aborda a temática "Ferramentas Farmacológicas no Tratamento do Tabagismo".
Para encerrar o evento internacional, dia 23 de Maio, às 15h30, o reconhecido especialista e formador espanhol F. Javier Ayesta, Investigador e Professor na Faculdad Medicina da Universidad Cantábria, profere uma palestra intitulada "Imagens e Palavras. Alertas de Saúde", uma conferência evocativa do Dia Mundial Sem Tabaco (dia que se celebra dia 31 de Maio).