domingo, 6 de junho de 2010

Alto consumo de lacticínios na infância aumenta expectativa de vida


Um estudo publicado na revista «Heart» afirma que crianças que consomem muitos produtos derivados do leite têm um maior expectativa de vida.
Para a pesquisa, investigadores da Universidade de Bristol, da Grã-Bretanha, e do Queensland Institute of Medical Research, da Austrália, procuraram, 65 anos depois, o paradeiro de 4.374 crianças submetidas a um estudo nos anos 30, no Reino Unido, e descobriram que as que tinham alto consumo de lacticínios e cálcio na infância mostraram maior resistência a doenças cardiovasculares e outras doenças letais.
Apesar de os lacticínios conterem gordura e colesterol, o alto consumo dos produtos não aumentou os riscos de doenças cardíacas.
O consumo de pelo menos 400 miligramas de cálcio - presente em menos de meio litro de leite - reduziu em 60% os riscos de morte por doença cardiovascular. Os dados da pesquisa corroboram os níveis de consumo de lacticínios sugeridos actualmente por especialistas. Para consumir a quantidade de cálcio sugerida diariamente, uma pessoa deve tomar um copo de 200 mililitros de leite, uma porção de iogurte e um pequeno pedaço de queijo.
Os cientistas acreditam que outros factores podem ter influenciado os resultados da pesquisa. Por exemplo, as crianças que tinham consumo diário mais alto de cálcio vinham de famílias mais ricas, e tinham melhores hábitos alimentares. No entanto, sustentam que há indícios de que o alto consumo de cálcio é bom para a pressão sanguínea.
A cientista Joanne Murphy, da Stroke Association, que não participou na pesquisa, referiu que "este é um estudo interessante, mas precisamos observar mais para poder realmente ter ideia dos benefícios do leite na redução de probabilidade de morte por doença cardiovascular". Enquanto isso, recomendamos que os pais escolham dietas ricas em frutas e vegetais e com pouca gordura saturada e sal para o bem-estar geral dos seus filhos."

Adolescentes que dormem pouco são mais propensos a depressões


Os adolescentes que habitualmente dormem cinco horas ou menos por noite têm 71% mais probabilidade de apresentar depressão, em comparação com os jovens que têm oito horas de sono por noite.
Aqueles adolescentes também são 48% mais propensos a ter pensamentos com ideias de suicídio.
Os resultados constam de um novo estudo da Columbia University Medical Center, de Nova Iorque, nos EUA, publicado no número de Janeiro da revista médica SLEEP.
Os investigadores reuniram dados sobre 15.659 adolescentes e os seus pais, que tinham participado do National Longitudinal Study of Adolescent Health.
Foi verificado que a duração média do sono foi de 7 horas e 53 minutos - os investigadores observam que os adolescentes precisam de 9 horas de sono diárias. Além disso, cerca de 70% dos jovens disseram que ia para a cama dormir de acordo com os horários determinados pelos seus pais.
Segundo os autores do estudo, a falta de sono pode gerar irritação, o que dificulta a capacidade de lidar com o stress da vida diária, prejudicando as relações com os colegas e adultos.
Assim, concluíram que educar os adolescentes e os seus pais sobre os benefícios das práticas mais saudáveis de sono pode ser adequado, e que os seus resultados são consistentes com a teoria de que o sono inadequado é um factor de risco para depressão.
Recomendam ainda que os pais de adolescentes devam definir horas de dormir mais cedo para a ter certeza de um sono adequado.